Capitulo 18
Lauren passou o resto da semana a trabalhar como uma louca no escritório. Em casa, alternava-se pensando no Bill e preocupando-se com a situação financeira do pai. O hospital vinha exigindo metade do pagamento de uma vez. A única coisa que era possível fazer seria vender o esplêndido piano da mãe, mas a ideia a desconsolava. Também era o seu piano, e no Michigan sentia falta dele. Sentia falta de tocá-lo, de descarregar as frustrações e decepções no teclado como se habituara a fazer. Por outro lado, o seu pai achava-se longe de estar bem, e se precisasse de ir para o hospital de novo, ela não podia correr o risco de o recusarem porque a última conta não fora paga.
Na tarde da última sexta-feira, Susan Brook chamou-a ao departamento de Relações Públicas.
— O aniversário do Jim é na quinta-feira da semana que vem — informou-a. — É mais ou menos um costume aqui trazer um bolo para o nosso chefe. — Bolo com cafezinho é uma desculpa esplêndida para deixar o trabalho quinze minutos mais cedo.
— Eu trarei o bolo — apressou-se a tranquilizá-la Lauren. Olhou o relógio, desejou boa-noite a Susan e apressou o passo em direcção à sua mesa. Gordon Whitworth telefonara e convidara-a para jantar naquela noite, e não queria chegar atrasada.
A caminho do apartamento para trocar de roupa, ela pensou em falar ao Gordon sobre o Curtis. Sentia-se apreensiva, contudo, em relação a isso. Antes que se intrometesse na reputação e no trabalho de alguém, devia ter a certeza do que de fato sabia. Ocorreu-lhe que Gordon poderia considerar “informação valiosa” a notícia do projecto Rossi e que talvez lhe pagasse os dez mil dólares que oferecera, mas a consciência pesava por até mesmo pensar na ideia. Decidiu escrever ao hospital e oferecer três mil dólares. Talvez conseguisse pedir emprestado esse valor num banco.
Durante o jantar, mais tarde, Gordon perguntou-lhe se gostava do emprego na K’s. Quando ela respondeu que sim, ele disse:
— Ouviu mencionarem algum dos nomes que lhe dei? — Ela hesitou.
— Não, não ouvi.
Gordon suspirou, decepcionado.
— A concorrência dos contratos mais importantes que já pensamos em negociar tem prazos finais daqui a apenas poucas semanas. Antes disso, preciso de saber quem está a vazar a informação para a K’s. Preciso desses contratos.
Lauren sentiu-se logo culpada por não lhe falar de Curtis ou Rossi. Mais que nunca, achava-se confusa, dividida entre a lealdade a Gordon e o desejo de fazer o que era certo.
— Eu disse-lhe que ela não ia conseguir ajudar — interveio Carter.
Lauren não sabia sequer como se deixara envolver nesta confusão. Em defesa própria, alegou:
— É cedo demais para saber, na verdade. Fui designada para trabalhar num projecto especial no octogésimo andar, por isso só trabalhei em horário integral para a K’s desde ontem, quando o Bill... o senhor Kaulitz... apanhou um voo para a Itália.
O nome Bill disparou um raio de electricidade por toda a sala e notou-se que os três Whitworth se enrijeceram.
Os olhos de Carter iluminaram-se de excitação.
— Lauren, és fantástica! Como conseguiste fazer com que te designassem para ele? Ena, terás acesso a todos os tipos de projectos confidenciais...
— Não consegui nada — interrompeu ela. — Estou lá porque, por acaso, incluí no meu currículo que falo italiano, e ele precisava de uma secretária temporária fluente na língua para trabalhar num projecto especial.
— Que tipo de projecto? — Perguntaram Gordon e Carter em uníssono.
Lauren olhou aflita para Simone, que a encarava com seriedade por cima do aro dos óculos. Então dirigiu o olhar aos dois homens.
— Gordon, prometeu, quando concordei em trabalhar para a K’s, que só me pediria para lhe dizer se ouvisse um daqueles seis nomes. Por favor, não me peça outra coisa. Se eu fizer isso, não serei em nada melhor do que a pessoa que está a espioná-lo.
— Tens razão, claro, minha cara — ele concordou de imediato.
Mas uma hora depois, quando Lauren foi embora, Gordon virou-se para o filho.
— Ela disse que o Kaulitz voou ontem para a Itália. Liga para aquele piloto amigo teu e descobre se consegue acesso ao plano de voo dele. Quero saber o lugar exacto na Itália aonde ele foi.
— Acha que isso é realmente importante?
Gordon examinou o conhaque na taça: — É óbvio que Lauren considera isso muito importante. Se não, teria nos dito, sem nenhum escrúpulo. — Após uma pausa, acrescentou: — Se conseguirmos encontrá-lo, quero que mandes uma equipe de espiões lá para segui-lo. O meu palpite é de que ele está a trabalhar em algo grande.
Lauren olhou o pequeno termómetro do lado de fora da janela enquanto vestia umas calças ganga e uma camisa amarela. Apesar da ensolarada tarde de domingo outonal, do apartamento mobilado com luxo, sentia-se solitária. Decidiu que comprar o presente de aniversário de Jim lhe daria alguma coisa para fazer. Pensava no que comprar para ele quando o repentino toque estridente da campainha da porta lhe interrompeu os pensamentos.
Ao abri-la, encarou em total perplexidade o homem cuja alta compleição parecia encher o vão da porta. Vestindo uma camisa creme, o colarinho aberto e uma casaca de camurça ferrugem pendurada com negligência no ombro, Bill exibia uma beleza tão insuportável que lhe deu vontade de chorar. Ela obrigou-se a parecer composta e apenas um pouco curiosa.
— Oi. O que fazes aqui?
Bill franziu as sobrancelhas.
— Isso queria eu saber.
Sem conseguir reprimir o sorriso, ela disse:
— A resposta comum é que por acaso estava nos arredores e decidiu aparecer.
— Ora, por que não pensei nisso? — gozou ele num tom seco. — Bem, vais me convidar para entrar?
— Não sei — respondeu Lauren com toda a franqueza. — Devo?
Ele deslizou o olhar por todo o comprimento do corpo dela, ergueu-o para os lábios e, por fim, os olhos.
— Eu não convidaria se fosse a ti.
Embora sem ar por causa daquele olhar de visível sensualidade, Lauren decidiu cumprir a decisão de evitar qualquer envolvimento pessoal com ele. A julgar pela maneira como acabara de olhá-la, o motivo de Bill ter ido ali era muito, muito pessoal. Com relutância, tomou a decisão.
— Até logo, Bill — disse, começando a fechar a porta. — E obrigada por apareceres.
Ele aceitou a decisão com uma leve inclinação da cabeça, e Lauren obrigou-se a fechar a porta. Forçou-se a afastar-se com pernas que pareciam de chumbo, e lembrou ao mesmo tempo a loucura que seria deixá-lo perto dela. Mas a meio caminho de atravessar a sala de estar, perdeu a batalha interior. Girando nos calcanhares, disparou a correr até a porta, escancarou-a e chocou-se contra o peito dele. Reclinado com uma das mãos na moldura da porta, Bill olhava para o rosto afogueado dela com um sorriso experiente e satisfeito.
— Olá, Lauren. Por acaso eu estava realmente na vizinhança ou nos arredores e decidi aparecer.
— O que queres, Bill? — suspirou, os olhos azuis vasculhando os dele.
— Tu.
Determinada, ela recomeçou a fechar a porta, mas Bill usou a mão para detê-la.
— Queres mesmo que eu me vá embora?
— Eu disse-te na quarta-feira que o que eu quero não tem nada a ver com isso. O importante é o que é melhor para mim e...
Ele interrompeu-a com um sorriso de travesso:
— Prometo que jamais usarei as tuas roupas, nem roubarei a tua mesada e tampouco os namorados. — Lauren não pôde deixar de começar a rir quando ele concluiu: — E se tu jurares jamais chamar-me de Billy não te morderei.
Ela afastou-se para o lado e deixou-o entrar, depois pegou a casaca e pendurou-a no cabide. Quando se virou, viu-o encostado na porta da frente fechada, com os braços cruzados no peito.
— Pensando melhor, retiro parte da última promessa. Eu adoraria morder-te.
— Pervertido! — Rebateu Lauren, provocando-o, o coração martelando tanto de excitação que mal sabia o que dizia.
— Chega mais perto e mostrar-te-ei até que ponto eu posso ser pervertido — convidou-a, tranquilo.
Lauren recuou um passo cauteloso.
— Em hipótese alguma. Gostarias de um café, ou uma Coca-Cola?
— Qualquer uma das duas coisas seria óptima.
— Vou fazer um pouco de café.
— Beija-me primeiro.
Lauren virou-se, lançou-lhe um olhar e encaminhou-se para a cozinha.
Enquanto preparava o café, tinha profunda consciência de que ele estava parado na porta da cozinha e a observava.
— Eu pago-te o suficiente para manter este apartamento? — Perguntou, como quem não quer nada.
— Não. Houve um problema de arrombamento recentemente aqui; por isso, em troca de cuidar da casa, passei a morar aqui de graça.
Ela ouviu-o aproximar-se e apressou-se a virar-se para a mesa e colocar as chávenas e os pires. Quando se endireitou, percebeu que ele se encontrava parado bem atrás, não teve outra opção senão dar meia-volta e enfrentá-lo.
— Sentiste saudade de minhas? — Perguntou Bill.
— O que é que achas? — Esquivou-se ela com toda a calma, mas não toda, porque ele riu.
— Bom. Quanto?
— O teu ego está necessitado de elogios hoje? — reagiu Lauren rindo.
— Está.
— Verdade? Por quê?
— Porque fui fulminado por uma linda menina de vinte e três anos, e parece que não consigo tirá-la da cabeça.
— Isso é péssimo — concordou ela, tentando, sem sucesso, ocultar a alegria na voz.
— Não é — ele gracejou. — É como um espinho no dedo, uma bolha no calcanhar. Tem os olhos de anjo, um corpo que me faz delirar, o vocabulário de uma professora e uma língua que parece um bisturi.
— Obrigada, eu acho.
Bill deslizou as mãos pelos braços dela acima, depois colocou-as ao redor dos ombros de Lauren, apertando-as ao puxá-la até alguns centímetros do seu peito.
— E — acrescentou — eu gosto dela.
Fazia, com a boca, uma deliberada descida vagarosa, e Lauren esperou, impotente, o impacto dos lábios cobrindo os seus. Em vez disso, ele contornou os lábios e começou a explorar a suave pele do pescoço e ombro, roçando a área sensível com a boca cálida, depois subiu devagar pelo pescoço até a orelha. Com a mesa da cozinha atrás e ele na frente, Lauren não tinha condições de fazer nada, além de continuar parada ali, um feixe de vibrantes sensações. Bill deixou, com a boca, uma trilha ardente de beijos até a têmpora, quando começou, devagar, a baixar em direcção aos lábios. Pairando milímetros acima, recuou e repetiu o comando anterior:
— Beija-me, Lauren.
— Não — ela sussurrou, trémula.
Bill deu de ombros e começou a beijar-lhe indolentemente a outra face, detendo-se com sensualidade na orelha, traçando cada curva e cavidade com a língua, e mordiscou-lhe o lóbulo. Ela lançou-se para a frente num movimento sobressaltado que empurrou um corpo contra o outro e os uniu. O mesmo frio na espinha atacou a ambos, que se enrijeceram com o delicioso choque do encontro.
— Santo Deus! — ele grunhiu baixinho e começou a deslizar os lábios pelo pescoço de Lauren até ao ombro.
— Bill, por favor — sussurrou enfraquecida.
— Por favor o quê? — Murmurou contra a garganta dela. — Por favor, acaba com isso?
— Não!
— Não? — ele repetiu com a voz cativante e ergueu a cabeça. — Queres que eu te beije, te tire as roupas e faça amor contigo? — Tinha os lábios numa tentadora proximidade, e Lauren quase desfalecia com o desejo de senti-los esmagando os seus. Em vez disso, Bill curvou a cabeça e roçou-lhe a boca com os lábios, primeiro numa direcção, e depois na outra. — Por favor, beija-me — persuadiu-a enrouquecido. — Sonho com aquele teu jeito de me beijar em Harbor Springs, com a doçura e o calor de senti-la nos meus braços...
Com um silencioso gemido de entrega, ela subiu as mãos por aquele peito musculoso e beijou-o. Sentiu o tremor percorrer o corpo do parceiro, o arquejo da respiração contra os seus lábios, segundos antes de envolvê-la nos braços, e abrir a boca passionalmente sobre a sua.
O desejo disparava por Lauren como uma fúria ensandecida quando ele acabou por desprender-lhe a boca.
— Onde é o quarto? — sussurrou rouco.
Inebriada, ela recuou, afastando-se dos braços que ainda a envolviam e ergueu os olhos para os dele, que tinha o rosto sombrio de paixão, e o desejo ardia-lhe nos olhos mel. Lembrou a última vez que olhara dentro daqueles olhos insistentes e entregara-se à violenta paixão do amante efémero. Outras lembranças ressurgiram-lhe na mente em arrepiante sequência: ele fizera amor com ela em Harbor Springs, abraçara-a e acariciara-a como se não conseguisse arrancar-lhe o suficiente, e depois mandara-a embora friamente. Ingénua, aprendera para a sua própria vergonha e angústia que esse homem tinha total capacidade de fazer amor de forma terna, apaixonada e comovente com uma mulher pelo puro prazer físico... sem sentir o mínimo envolvimento emocional.
Lauren percebia que Bill desejava-a mais agora do que em Harbor Springs. Sentia-o. Também se convencera um pouco de que ele sentia por ela mais que apenas desejo, mas, ao mesmo tempo, acreditara como uma tola que ele tinha sentimentos por ela em Harbor Springs. Desta vez, queria ter a certeza. O orgulho não lhe permitiria deixá-lo usá-la mais uma vez.
— Bill — disse, nervosa —, acho que seria melhor se nos conhecêssemos um pouco mais antes.
— Nós já nos conhecemos. — ele lembrou-lhe. — Intimamente.
— Mas eu quero dizer... gostaria que nos conhecêssemos melhor antes de... começar alguma coisa...
— Já começamos alguma coisa, Lauren — retrucou ele com um laivo de impaciência na voz. — E quero consumar isto. Tu também.
— Não, eu...
Ela arquejou quando sentiu as mãos dele nos seus seios e os polegares começarem a circular os botões endurecidos dos mamilos.
— Eu sinto a ardência com que me queres. — Declarou Bill, agarrando-a pelos quadris, segurando-a apertada contra si e deixando-a vigorosamente consciente da rígida virilidade que a golpeava. — E tu podes sentir o quanto te quero. Agora, o que mais precisamos de fazer para conhecer um ao outro? Que mais tem importância?
— Que mais? — Sibilou Lauren, libertando-se daqueles braços. — Como podes me perguntar isso? Eu disse que não poderia manter uma relação casual, sem envolvimento, contigo. Que estás a tentar fazer comigo?
Bill enrijeceu os maxilares.
— Estou a tentar te fazer entrar naquele quarto para podermos aliviar a dor que se avoluma dentro de nós há semanas. Quero fazer amor contigo o dia inteiro, até ficarmos fracos demais para nos mexermos. Ou, se preferires que eu seja mais directo, quero...
— E depois o quê? — Lauren exigiu saber com violência. — Eu quero saber as regras, porra! Hoje fazemos amor, mas amanhã não passamos de conhecidos descomprometidos, é isso? Amanhã tu podes fazer amor com outra mulher se quiseres, e eu não devo importar-me... certo? E amanhã posso deixar outro homem fazer sexo comigo, e tu não vais dar a mínima... é isso mesmo?
— É, sim. — ele respondeu ríspido.
Ela teve a resposta? Bill não se importava mais com ela do que antes. Apenas a desejava mais. Exausta, declarou:
— O café está pronto.
— Eu estou pronto — rebateu com grosseria.
— Bem, eu não! — Lauren irrompeu em uma fúria crescente: — Não estou pronta para ser a tua companheira de diversão nas tardes de sábado. Se por acaso te sentires entediado, vai fazer os teus jogos com alguém que saiba lidar com farras descomprometidas na cama contigo.
— Que queres de mim? — ele perguntou friamente.
“Quero que me ames”, ela pensou.
— Não quero nada de ti. Quero apenas que vás embora e me deixes em paz.
Os olhos de Bill varreram-na de forma insolente de cima a baixo.
— Antes de eu ir, quero te dar um pequeno conselho: — avisou-a, gélido — cresce!
Ela sentiu como se Bill a tivesse esbofeteado. Enfurecida além da razão, revidou-lhe o golpe no ego:
— Tens absoluta razão! — exaltou-se. — É o que devo fazer. A partir de hoje, vou crescer e começar a praticar o que tu pregas! Vou dormir com qualquer homem que me atraia. Mas não contigo, és cínico demais para o meu gosto. Agora sai daqui!
Bill retirou uma caixinha de veludo do bolso e largou-a com força na mesa da cozinha.
— Eu devia-te um par de brincos — disse, já saindo a passos largos do aposento.
Lauren ouviu a porta da frente bater atrás dele e, com dedos trémulos, pegou a pequena caixa e abriu-a. Esperava encontrar as pequenas argolas de ouro da mãe, mas, em vez disso, encontrou um par de pérolas cintilantes numa armação tão frágil que fazia as gemas parecerem duas grandes e luminosas gotas de chuva suspensas no ar. Fechou a tampa com uma pancada. Qual das namoradas dele perdera aqueles em na sua cama? Ou seria o “presente” que ele trouxera da Itália para ela?
Subiu marchando pela escada, a fim de pegar a bolsa e uma camisola mais quente para cobrir os ombros. Ia sair e comprar o presente de aniversário de Jim exactamente como planejara, e afastar essa última hora com o Bill dos pensamentos... para sempre. Bill Kaulitz nunca mais a assombraria. Ia apagá-lo da mente de uma vez por todas. Abriu a última gaveta e ficou a olhar o lindo pólo cor de mel que tricotara para aquele... canalha!
Tirou-o da gaveta. Jim era quase do mesmo tamanho do Bill, e sem dúvida o apreciaria muito. Daria o pólo para ele, decidiu, ignorando a aguda punhalada de angústia que a perfurou.
*Continua no proximo capitulo*
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Muahahah :L
Bora lá Gambonia, eu espanco de um lado e tu do outro *--*
xD
Tu também maninha :3
LY <3'
Phi'K
E eu que pensava que ia ficar tudo bem...
ResponderEliminarBeijos da Luísa
Eu quero dar um tiro a este Bill da fic TUT
ResponderEliminarMas ele passa-se ou quê?! .-.
Coitadinha da Lauren :3
Mais!!