sexta-feira, 6 de maio de 2011

A Pianist Spy - Capitulo 7

Capitulo 7

  Exausta e desanimada, Lauren estacionou diante da mansão Tudor de três andares dos Whitworth. Abriu a bagageira do carro e retirou a mala. Dirigira doze horas seguidas, a fim de estar lá para o compromisso com Gordon Whitworth naquela tarde. Passara por duas entrevistas de emprego, caíra na lama, estragara as roupas e conhecera o homem mais bonito e fascinante da sua vida. E, pela deliberada reprovação nos testes da K’s, arruinara as hipóteses de trabalhar perto dele...
  O dia seguinte era sexta-feira e ia passá-lo à procura de um apartamento. Assim que encontrasse um, poderia partir para Fenster e empacotar os seus pertences. Gordon não dissera quando queria que ela começasse a trabalhar para a empresa dele, mas que retornasse ali pronta para se apresentar ao emprego duas semanas a partir da segunda-feira.
  A porta da frente foi aberta por um mordomo uniformizado, que Lauren logo reconheceu como uma das testemunhas de sua performance na sala de jantar catorze anos atrás.
  — Boa-noite — ele começou, mas Gordon Whitworth interrompeu-o.
  Percorrendo a passos largos o amplo vestíbulo de mármore, o executivo exclamou:
  — Lauren, eu quase que morria de preocupação por você! Por que demorou tanto?
  Parecia tão ansioso que Lauren se sentiu péssima por deixá-lo preocupado, e pior ainda por decepcioná-lo por não tentar com mais afinco conseguir um emprego na K’s. Em poucas palavras, explicou-lhe que as coisas “não haviam saído muito bem” na entrevista. Esboçou às pressas os detalhes da queda em frente ao prédio da Global Industries, e perguntou se tinha tempo para lavar-se antes do jantar.
  Na casa de banho que o mordomo lhe mostrou no segundo andar, tomou um duche, escovou os cabelos e pôs uma saia cor de damasco feita sob medida e uma blusa combinando.
  Gordon levantou-se quando ela se aproximou da entrada em arco da sala de estar.
  — Você é de uma rapidez esplêndida, senhora Lauren — disse, levando-a até a esposa, de cuja personalidade glacial a jovem se lembrava tão bem. — Simone, sei que te lembras da Lauren.
  Apesar de seu preconceito pessoal, Lauren teve de admitir que, com a silhueta esguia, elegante e os cabelos louros penteados com todo esmero, Simone Whitworth continuava sendo uma bela mulher.
  — Claro que sim — disse Simone com um agradável e decoroso sorriso, que não chegou bem a alcançar-lhe os olhos cinza. — Como estás, Lauren?
  — É óbvio que Lauren vai muito, muito bem, mãe — observou Carter Whitworth, rindo e levantando-se com educação.
  Deslizou o olhar vagaroso e envolvente por toda a jovem, dos vividos olhos azuis e das feições de traços delicados à graciosa silhueta feminina.
  Lauren manteve a expressão neutra enquanto era reapresentada ao carrasco de sua infância. Aceitando o cálice de xerez que o rapaz lhe servira, sentou-se no sofá e examinou-o, cautelosa, quando ele se sentou ao lado, em vez de retornar à poltrona que ocupava antes.
  — Mas, sem dúvida, mudas-te. — disse Carter com um sorriso apreciativo.
  — Tu também. — respondeu Lauren com cuidado. Carter passou o braço como por acaso no encosto do sofá atrás dos ombros dela.
  — Não nos demos muito bem, pelo que me lembro.
  — Não, não mesmo.
  Lauren deu uma olhada tímida em direcção de Simone, que observava o pequeno flerte do filho, com os olhos frios e inescrutáveis, assumindo uma expressão de regia altivez.
  — Por que não? — insistiu o rapaz.
  — Eu... hã... não me lembro.
  — Eu sim. — Ele sorriu. — Fui insuportavelmente mal-educado e completamente detestável contigo.
  Lauren encarou-o estupefacta da franca expressão pesarosa, e o preconceito contra ele começou a dissolver-se.
  — Sim, foi mesmo.
  — E tu... — ele riu — ... comportaste-te como uma menina insubordinada no jantar.
  Os olhos de Lauren iluminaram-se com um sorriso de resposta, ao balançar devagar a cabeça.
  — É, é verdade.
  Com isso, declarou-se uma tentativa de trégua. Carter ergueu os olhos para o mordomo, parado, em pé, no vão da porta, levantou-se e ofereceu a mão à convidada.
  — O jantar está pronto. Vamos?
  Mal haviam acabado o último prato quando o mordomo apareceu de novo na sala de jantar.
  — Com licença, mas há um telefonema para a senhorita Danner de um homem que diz ser o senhor Weatherby, da K’s Electronics Company.
  Gordon Whitworth esboçou um sorriso radiante.
  — Traga o telefone aqui para a mesa, Higgins.
  A conversa ao telefone foi breve, Lauren quase apenas ouvindo. Quando ela desligou, ergueu os olhos sorridentes para Gordon.
  — Vá — ele pediu —, conte-nos. Simone e Carter sabem o que você está a tentar fazer para nos ajudar.
  Embora um pouco desanimada ao tomar conhecimento de que duas outras pessoas sabiam de seu futuro clandestino, Lauren aquiesceu:
  — Parece que o homem que me socorreu quando caí esta noite tinha um amigo muito influente na K’s. O tal amigo ligou para o senhor Weatherby alguns minutos atrás, e o resultado foi que esse senhor acabou de se lembrar de que há uma vaga de secretária, que julga perfeita para mim. Devo ser entrevistada para a vaga amanhã.
  — Ele disse quem vai te entrevistar?
  — Acho que disse que o homem se chama Williams.
  — Jim Williams — murmurou Gordon em voz baixa, alargando o sorriso. — Maravilha!
  Logo depois, Carter despediu-se para ir ao seu próprio apartamento, e Simone retirou-se para os seus aposentos. Mas Gordon pediu a Lauren que permanecesse na sala de estar com ele.
  — Williams talvez queira que você comece imediatamente — ele disse, depois que os outros saíram. — Não queremos que quaisquer obstáculos a impeçam de conseguir esse emprego. Acha que pode ir rápido à sua casa, arrumar as malas e voltar para o trabalho?
  — Não posso ir até casa arrumar as malas enquanto não tiver encontrado um apartamento aqui — lembrou-lhe Lauren.
  — Não, claro que não — concordou ele. Após pensar um instante, disse: — Sabe, alguns anos atrás comprei uma casa num condomínio em Bloomfield Hills para uma tia minha. Faz meses que ela está na Europa, e pretende ficar lá por mais um ano. Seria um prazer tê-la a morar lá.
  — Não, realmente eu não posso… — apressou-se a protestar Lauren. — Você já fez mais que o suficiente por mim; não posso permitir que me ofereça um lugar para morar também.
  — Eu insisto — ele afirmou com amável firmeza. — E, de qualquer modo, estará a fazer-me um favor, porque tive de pagar ao porteiro do condomínio uma soma considerável para vigiar a casa. Dessa forma ambos pouparemos dinheiro.
  A jovem puxou, meio ausente, a manga da blusa cor de damasco. Seu pai precisava de cada cêntimo que pudesse mandar-lhe, e o mais rápido possível. Se ela não precisasse gastar dinheiro com o aluguer, também poderia enviar-lhe esse dinheiro. Aflita e hesitante, olhou para Gordon, que já tinha, porém, retirado uma caneta e papel do bolso do casaco e anotava algo.
  — Aqui estão o endereço e o número do telefone do condomínio — informou-a, entregando-lhe o pedaço de papel. — Após preencher os formulários de emprego na K’s amanhã, dê-lhes estas informações. Assim, ninguém lá, jamais ligará sua pessoa à minha.
  Um calafrio de pressentimento subiu pela espinha de Lauren diante do fatídico lembrete do papel duplo que iria desempenhar se trabalhasse na K’s. Espionando. Assustada, logo desviou a mente dessa palavra. Não, ela realmente não estaria a fazer aquilo. Tudo o que de fato estaria a fazer era tentando descobrir o nome da pessoa desleal que espionava a empresa de Gordon. Interpretada desse ponto de vista, a missão tornava-se não apenas justificada, mas positivamente honrável. Por um momento sentiu-se muito virtuosa, até lembrar-se com severidade do verdadeiro motivo que agora a deixava tão disposta a trabalhar para a K’s: Bill Kaulitz trabalhava bem do outro lado da rua, e ela queria abraçar a oportunidade de ficar perto dele.
  A voz de Gordon interrompeu-lhe os pensamentos: — Se lhe oferecerem um cargo de secretária na K’s amanhã, aceite-o e parta de lá para o Missouri. Se eu não tiver notícias suas até por volta do meio-dia, saberei que conseguiu a vaga e cuidarei para deixar o apartamento pronto para si em uma semana.

*Continua no proximo capitulo*

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Ufaaa ~~'
Finaly xD
Este nao é assim muito grande, mas prometo que o proximo (que será bem em breve porque já tá escrito) será bem maior !
E digo desde já que daqui a dois ou tres capitulo ou por ai, vao ter uma ligueira vontade de matar o Bill (a) muahahahha xD
Ele e mau :x
xD jinhos <33'

Phi'k

2 comentários:

  1. Tá mais pequenino...mas adorei :3
    Não sei o que dizer a sério, Phi'zinha :3
    Ah! Tenho uma coisa! Posta mais quando puderes x)

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  2. Não deu para comentar mais cedo, desculpa =S
    Que reviravolta +.+
    Posta mais, quero saber o que vai acontecer ^-^
    Vai ao meu blog, pf ;D
    Beijinhos <3

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